O estudo das comunidades de peixes marinhos e estuarinos é uma das atividades realizadas por integrantes da Voz da Natureza. Os peixes são um dos últimos recursos naturais da fauna brasileira que ainda é permitida a captura. Este recurso possui alta importância comercial e social no Espírito Santo, pois é capturado por um grande número de pescadores profissionais e amadores. O estudo e monitoramento das comunidades de peixes são de grande importância para o conhecimento e manutenção da saúde de nossos ecossistemas aquáticos. O rápido desenvolvimento portuário-industrial na costa capixaba tem destruído habitats essenciais para o ciclo de vida de muitas espécies de peixes. Além disso, o crescimento da população nas zonas costeiras tem aumentado a demanda pelos recursos naturais. A combinação destes processos tem causado efeitos negativos sobre a fauna de peixes, prejudicando a recuperação das espécies. As espécies mais ameaçadas são aquelas de ciclo de vida longo, que reproduzem poucos filhotes e que dependem de habitats costeiros (mangues, estuários e praias) para reprodução ou crescimento. Assim, atualmente, muitas espécies estão ameaçadas na costa capixaba. Um exemplo recente foi a sobre-exploração da população do peroá branco (Balistes capriscus). A poucos anos atrás este era um recurso abundante e barato, um típico atrativo gastronômico e turístico das praias do litoral capixaba. Atualmente, a Voz da Natureza é capacitada para realizar estudos de peixes em regiões de manguezal, estuários, praias, lagoas costeiras, zonas costeiras de fundo lamoso, bancos de rodolitos e recifes rochosos e biogênicos, atuando desde a linha de costa até recifes mesofóticos situados em profundidade de até 150 m. Todas nossas pesquisas são desenvolvidas em parceria com o Laboratório de Ictiologia (Ictiolab) da Universidade Federal do Espírito Santo.
Neste contexto as pesquisas realizadas por integrantes da Voz da Natureza têm contribuído para: